Fases do funil de vendas: O que são e como montar?

fases do funil de vendas

Definir as fases do funil de vendas é um requisito que ajuda a sustentar a eficiência de uma operação comercial que busca aumentar a conversão e otimizar o processo de vendas. 

Acontece que, para que ele seja realmente eficaz, todos os profissionais de vendas – desde o gestor até os vendedores – precisam entender o que caracteriza cada fase e como cada uma delas contribui para o fechamento de negócios. 

Desde a atração de leads até o fechamento da venda, cada etapa exige uma abordagem específica, estratégias de qualificação e ações direcionadas. 

Para saber mais sobre o que são fases do funil de vendas e como montá-las, continue lendo:

O que são as fases de um funil de vendas?

As fases de um funil de vendas representam os estágios pelos quais um lead passa, desde o primeiro contato com a empresa até o fechamento do negócio. 

O funil é uma forma de visualizar como os leads evoluem no processo de compra, com um número maior de interessados no topo e uma quantidade menor de clientes convertidos no fundo.

As três fases principais do funil de vendas são:

  • Topo do funil (atração): etapa em que os leads ainda estão descobrindo um problema e buscando informações. Nesta fase, a estratégia é educar o público por meio de conteúdos informativos, redes sociais e ações de marketing.
  • Meio do funil (consideração): aqui, os leads já reconhecem sua necessidade e estão avaliando opções de solução. A equipe de marketing e pré-vendas trabalha para nutrir esses leads e qualificá-los para a venda, entendendo se possuem fit com a solução.
  • Fundo do funil (decisão): por fim, nesta fase, os leads estão prontos para tomar uma decisão e comparar fornecedores. O papel da equipe comercial é apresentar propostas, lidar com objeções e facilitar o fechamento da venda.

– Saiba mais a respeito: [GUIA COMPLETO] Funil de Vendas B2B – Como montar do zero

O que são as etapas de um pipeline?

Enquanto o funil de vendas representa a jornada do lead desde o primeiro contato até a conversão, o pipeline de vendas representa a estrutura interna que organiza as etapas do processo comercial. 

O pipeline tem como função definir o caminho que um lead qualificado percorre dentro da área de vendas, desde a primeira interação comercial até o fechamento do negócio.

O pipeline é dividido em fases que representam os momentos-chave da negociação. Um modelo comum de pipeline pode incluir:

Etapas de qualificação

  • Lead: Contato inicial com o potencial cliente.
  • Conexão: Primeiro contato feito pelo time de pré-vendas.
  • Qualificação: Identificação do nível de interesse e do fit com a solução.
  • Agendamento: Envio para o time de vendas para um diagnóstico aprofundado.

Etapas de vendas

  • Diagnóstico: Descoberta detalhada do problema e das necessidades do cliente.
  • Apresentação e escopo: Demonstração da solução e proposta inicial.
  • Devolutiva: Ajustes da proposta com base no feedback do cliente.
  • Compromisso: Discussão final para alinhamento de condições e termos.
  • Ganho/Perda: Fechamento do negócio, seja positivo ou negativo.

Diferentemente do funil, o pipeline tem regras claras de passagem entre etapas, geralmente definidas por SLAs (Service Level Agreements), o que tira todo o aspecto subjetivo que ele poderia vir a ter.

Além disso, essas regras garantem que cada fase do pipeline seja cumprida antes do lead avançar, trazendo mais previsibilidade e controle para o processo comercial.

Como montar as etapas e fases do funil de vendas?

Para montar um pipe eficientemente, considerando as principais fases, é indispensável:

Definir as etapas macro do funil: No B2B, as fases mais comuns são:

  • MQL (Marketing Qualified Lead): Leads que demonstraram interesse e atendem critérios básicos de ICP 
  • SQL (Sales Qualified Lead): Leads que passaram pelo primeiro filtro de qualificação e têm fit comercial.
  • SAL (Sales Accepted Lead): Leads que foram aceitos pelo time de vendas e entraram no pipeline ativo.
  • Commit: Oportunidades que passaram pela negociação e têm grande probabilidade de fechamento.

Mapear entradas e saídas do processo

Defina os gatilhos específicos. Isso impede que leads avancem sem cumprir os critérios necessários, garantindo que o time de vendas foque nas oportunidades certas.

Estruturar a qualificação de MQL para SQL.

Esse é um dos pontos mais críticos no funil. Alguns critérios que podem ser incorporados são fit com ICP, interesse real no produto ou alguma dor mapeada que justifique o contato comercial, por exemplo.

Aqui, um bom alinhamento entre marketing e vendas faz toda a diferença. Se a régua de qualificação for frouxa, o time comercial perderá tempo com leads frios. Se for rigorosa demais, oportunidades reais podem ser descartadas antes da abordagem.

Garantir um handoff eficiente entre SQL e SAL

Para isso, pré-vendas (SDR) deve validar necessidade, orçamento e autoridade antes de passar o lead adiante. Leads que não cumprem os critérios devem ser devolvidos para nutrição ou desqualificados.

Estruturar o pipeline comercial

Uma vez que o lead se torna SAL, ele entra oficialmente no pipeline de vendas. Aqui, as etapas podem variar conforme o modelo de negócio, mas costumam incluir:

  • Diagnóstico e aprofundamento da necessidade
  • Apresentação da solução
  • Proposta comercial
  • Negociação e ajustes
  • Fechamento e assinatura

Mapear os principais motivos de perda

Saber onde e por que os leads estão sendo perdidos é tão importante quanto entender como eles avançam. 

O que muda no funil de vendas B2B e no funil B2C?

Embora a estrutura básica do funil de vendas seja semelhante em qualquer tipo de negócio, existem diferenças importantes entre os modelos B2B (business to business) e B2C (business to consumer). 

Essas diferenças impactam, principalmente, estes aspectos:

1. Quantidade de etapas

No B2B, o funil tende a ser mais longo e complexo, pois envolve mais de um tomador de decisão, além de exigir análises mais detalhadas e um ciclo de vendas maior. Ele geralmente inclui:

  • Qualificação detalhada (MQL → SQL → SAL) para garantir que o lead tem fit com a solução.
  • Interações consultivas com reuniões, diagnósticos e propostas personalizadas.
  • Processo de aprovação interna no cliente, o que pode envolver áreas como finanças, TI e jurídico.

Já no B2C, o funil pode ser mais curto e direto, principalmente em vendas de menor valor agregado. Alguns produtos ou serviços de ticket alto podem ter mais etapas, mas, em geral, a decisão é individual e mais rápida.

2. Regras de passagem entre etapas

As regras que definem quando um lead avança no funil também são diferentes entre B2B e B2C.

No B2B, a passagem de um lead de uma etapa para outra é baseada em critérios mais rígidos, como:

  • Perfil da empresa e do decisor (cargo, segmento, tamanho da empresa).
  • Interesse e nível de engajamento com materiais e reuniões.
  • Validação de orçamento e urgência do problema.

No B2C, as regras são mais flexíveis, focando no comportamento do consumidor, como:

  • Interação com anúncios e conteúdos.
  • Intenção de compra demonstrada (ex: adicionar ao carrinho, preencher um formulário).
  • Segmentação por perfil e comportamento (ex: recorrência de compras, ticket médio).

3. Métricas diferentes

As métricas utilizadas para medir a eficiência do funil também variam.

Desse modo, no B2B, os indicadores mais relevantes são:

  • Taxa de conversão entre MQL → SQL → SAL para medir a qualidade dos leads.
  • Ciclo médio de vendas para entender quanto tempo leva para um lead se tornar cliente.
  • Valor do contrato (LTV) para medir a receita gerada ao longo do relacionamento.

No B2C, os principais KPIs costumam ser:

  • Taxa de conversão geral (visitantes x compradores).
  • Ticket médio da compra.
  • Taxa de recompra para avaliar a retenção de clientes.

Conclusão

Uma das principais diferenças entre os funis B2B e B2C está na complexidade do processo de decisão

No B2B, as vendas são mais consultivas e perpassam por diferentes agentes, isso, por sua vez, impacta direta ou indiretamente a compra, seja decidindo, efetivamente, seja defendendo o uso da solução negociada.

No B2C, a jornada pode ser mais curta e impulsionada por fatores emocionais, comportamentais e ações de marketing direto. Isso exige estratégias e métricas adaptadas para cada modelo, garantindo maior eficiência na conversão de leads em clientes.

Em todos os casos, é fundamental ter um olhar de acompanhamento constante para avaliar o que funciona. Quando as etapas do funil são bem estruturadas, os gestores rapidamente conseguem identificar problemas e oportunidades e agir estrategicamente.

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